segunda-feira, 30 de maio de 2011

Meu coração é livre...

   Não sou boa com números. Com frases-feitas. E com morais de história. Gosto do que me tira o fôlego. Venero o improvável. Almejo o quase impossível. Meu coração é livre, mesmo amando tanto. Tenho um ritmo que me complica. Uma vontade que não passa. Uma palavra que nunca dorme.
   Quer um bom desafio? Experimente gostar de mim. Não sou fácil. Não coleciono inimigos. Quase nunca estou pra ninguém. Mudo de humor conforme a lua. Me irrito fácil. Me desinteresso à toa. Tenho o desassossego dentro da bolsa. E um par de asas que nunca deixo.
   Às vezes, quando é tarde da noite, eu viajo. E - sem saber - busco respostas que não encontro aqui. Ontem, eu perdi um sonho. E acordei chorando, logo eu que adoro sorrir... Mas não tem nada, não. Bonito mesmo é essa coisa da vida: um dia, quando menos se espera, a gente se supera. E chega mais perto de ser quem - na verdade - a gente é.

Por Fernanda Mello

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Aceitar é ser feliz !

   Gosto de pensar assim: se a gente faz o que manda o coração, lá na frente, tudo se explica.
   Por isso, faço a minha sorte. Sou fiel ao que sinto. Aceito feliz quem eu sou. Não acho graça em quem não acha graça.
   Acho chato quem não se contradiz. Às vezes desejo mal. Sou humana. Sou quase normal.
   NÃO LIGO SE GOSTAREM DE MIM EM PARTES. IMPORTANTE MESMO É QUE EU ME ACEITE POR INTEIRO. Não sou perfeita, não sou previsível. Sou uma louca.
   Admiro grandes qualidades. Mas gosto mesmo dos pequenos defeitos. São eles que nos fazem grande. Que nos fazem fortes. Que nos fazem acordar.
   Acho bonito quem tem orgulho de ser gente. Porque não é nada fácil, eu sei. Por isso continuo princesa. Continuo guerreira. Continuo na lua. Continuo na luta.
   No meio do caos que anda o mundo, ACEITAR É SER FELIZ.

Adaptação: Fernanda Mello

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Eu quero um amor tranqüilo, com sabor de fruta mordida...

    Relacionamento a gente constrói. Dia após dia. Dosando paciência, silêncios e longas conversas. Engraçado que quando a gente pára de acreditar em “amor da vida”, um amor pra vida da gente aparece. Sem o glamour da alma gêmea. Sem as promessas de ser pra sempre. Sem borboletas no estômago. Sem noites de insônia. É uma coisa simples do tipo: você conhece o cara. Começa, aos poucos, a admirá-lo. A achá-lo foda. E, quando vê, você tá fazendo coraçãozinho com a mão igual uma pangaré. (E escrevendo textos no blog para que ele entenda uma coisa: dessa vez, meu caro, é diferente). 
   Adeus expectativas irreais, adeus sonhos de adolescente. Ele vai esquecer todo mês o aniversário de namoro, mas vai se lembrar sempre que você gosta de bolo de chocolate e de pão de queijo. Ele não vai fazer declarações românticas e jantares à luz de vela, mas vai saber que você está de TPM no primeiro “Oi”, te perdoando docemente de qualquer frase dita com mais rispidez. 
      Ah, gente, sei lá. Descobri que gosto mesmo é do tal amor. Da paixão, que já gostei muito, agora não cabe mais. Depois de anos vivendo e escrevendo sobre alguém que me tire o chão, que me roube o ar, venho humildemente me retificar. EU QUERO ALGUÉM QUE DIVIDA O CHÃO COMIGO. QUERO ALGUÉM QUE ME TRAGA FÔLEGO. Entenderam? 
      Quero dormir abraçada sem susto. Quero acordar e ver que (aconteça o que acontecer), tudo vai estar em seu lugar. Sem ansiedades. Sem montanhas-russas. Antes eu achava que, se não tivesse paixão, eu iria parar de escrever, minha inspiração iria acabar, que eu seria infeliz. Mas, caramba! Descobri que não é nada disso. 
     Não existe nada mais contestador do que amar uma pessoa só. Amar é ser rebelde. É atravessar o escuro. É, no meu caso, mudar o conceito de tudo o que já pensei que pudesse ser amor. Não, antes era paixão. Antes era imaturidade. Antes era uma procura por mim mesma que não tinha acontecido. 
     O amor é o grande tema da vida da gente. Mas amor não é só poesia e refrão. Amor é construção e reconstrução. É ritmo. Pausas. Desafinos. E desafios (muitos desafios). 
    Demorei anos pra concordar com meu querido Cazuza: “eu quero um amor tranqüilo, com sabor de fruta mordida”. Antes, ao ouvir essa música, eu sempre pensava e dizia: porra, que tédio! 
      Ah, Cazuza ! Ele sempre soube. Paixão é para os fracos. Mas amar - ah, o amor! - AMAR É PUNK.


Adaptação: AMAR É PUNK, Fernanda Mello.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Família: pedaço importante meu.

     Eu acho que não há nada que nos faça tão bem, como a família da gente.
     Por mais que haja complicações, maluquices e coisas do gênero, nossa família nos lembra quem somos, enxerga nossa essência, nos conhece do avesso. 
    Família pra mim tem a ver, com o jeito que a gente pensa. O modo que você ama. A forma que você vê o mundo.
    Hoje eu só queria deixar bem claro que a família é um pedaço importante meu e dizer que - se existem qualidades em mim - eu devo a eles. É, a gente segue o exemplo que vê em casa e se torna um reflexo do que vivemos quando criança. A gente se espelha em nossos pais, tios e avós, seja no jeito de falar, de rir, de fazer caretas. E - claro - no modo de encarar a vida.
    Quer me conhecer? Passe uma tarde com minha família. Eu sou a mistura mais louca deles. 
    É pela minha mãe que eu sou corajosa, pelo meu pai sonhadora, é por eles que eu tenho um lado careta e outro nem tanto (...)
    Olha, pai, me desculpa mas nascer numa família como a nossa, não iria me levar nunca a um Concurso público. Diz, como eu poderia viver num universo mágico e sonhador e não querer isso para minha vida...me diz como não sonhar em ser quem eu sou.
    Como não rir de tudo, como não cair de vez em quando, como não chorar e rir ao mesmo tempo... Eu sou assim, com muitos amigos, sorridente, compreensiva e em alguns momentos mandona e briguenta, porque sou um pouco de vocês.
    É, de perto nenhuma família é normal, graças a Deus! A minha não é. Mas, as alegrias (os almoços cheios de sorrisos) que existem lá em casa eu nunca vi em lugar nenhum.
   Portanto, seja lá como for sua família, agradeça por ela diariamente, de todo o coração. Afinal, se estamos aqui e somos o que somos, é por causa dela.

Este texto eu dedico à todas as mães, presentes ou não. Na terra ou no céu. E para todos os pais ( que hoje revezam com as mães). Com vocês aprendemos o que é AMOR INCONDICIONAL. Por vocês, nós somos.


Adaptação: Retrato da Gente, Fernanda Mello