quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Cadê meus objetos ?

Por alguns anos achei que era só eu que perdia determinados objetos dentro da minha própria casa e nao entendia como isso acontecia e me questionava:, erder dentro de casa!?

Depois de conversar com algumas pessoas, percebi que não era a única, rs.
E, nesta semana li um poema do Teatro Mágico (que já divulguei) e um texto de Carpinejar sobre o mesmo assunto, que diz assim:
"Deve existir um elo perdido, uma terceira dimensão para onde vão alguns objetos.
Não existe nenhuma explicação razoável para certo sumiço dentro de casa.
Antes pensava que as coisas sumiam para minha mãe me ensinar a rezar a Salve-Rainha, mas já tinha decorado e elas continuavam evaporando.
Faço a lista dos utensílios-fantasmas de nossa vida.
Meias: as meias jamais voltam da máquina de lavar. A máquina de lavar é uma indústria do divórcio. Os pares entram casados e brigam lá dentro. Perdem-se na espuma, ficam tontos, exageram no OMO, no amaciante, sei lá o que acontece. No fim, nunca teremos as meias iguais. Nunca é o casal original de meias. Chega um ponto em que existem vinte meias viúvas na gaveta. Como? Será que existe um alçapão na máquina? O Triângulo de Bermudas deveria se chamar Triângulo das Meias.
Tampas de panelas: como algo de metal e de aço pode não ser encontrado? As panelas sempre estão com uma tampa emprestada de outra panela. A pressa de fazer comida aumenta o pânico. Mexemos debaixo da pia e nem sinal dos conjuntos originais. É um swing muito irritante.
Canetas e tampas de caneta: Um mistério. É colocar o nome na caneta ou uma corrente que ela foge. Odeia donos possessivos.
Isqueiros: e pior que são caros. Eles servem apenas para uma carteira. Deveria ser vendido dentro do próprio cigarro. Não duram em nossas mãos. São como borboletas, vivem somente 24h.
Palhetas: todo músico sabe que uma palheta sozinha não segura nenhum show. Palheta avulsa é ignorada, desprezada como palito de picolé. Ela some, escapa no forro do estojo, da calça, da carteira. Mais fácil adquirir outra do que procurá-la.
Tarraxas: elas nem produzem barulho, não são educadas. Caem sem avisar. São de valor ridículo, mas provocam um baita estrago com a fuga dos brincos.
Guarda-chuva: cada pessoa no mundo terá uma média de 30 guarda-chuvas até sua morte, dados da Organização das Nações Unidas. "
Eu ainda incluo nesta lista:
- Prendedores de cabelos (piranhas, elásticos, grampos, presilhas etc etc);
- Documentos originais;
- Chaves;
- Canhoto/comprovante de alguma compra;
- Benjamin de tomada;
- Brincos, se não forem os dois, um com certeza sempre some;
- Lápis e borracha;
- Batom;
- Tesoura;
- Fronha: o outro par da fronha, cadê? Para mim, se apaixonou pela meia e fugiram!
- Tampa de pote plástico ou o pote da tampa;
- Pen drive, cartão de memória;
- Par do chinelo, quando resolvo usar aquele chinelo, não encontro seu par. Incrível!
- CD, cadê meu CD?

Sem falar das inúmeras vezes que procuramos algo que está na nossa frente e  não conseguimos achar. Bem, talvez isso não se trate só de 'coisinhas', às vezes até de pessoas, mas aí é tema de outro texto.
Cristiane Santos
P.S.: 'Solonguinho, Solonguinho' me ajuda achar o documento da moto, que eu dô 3 pulinhos!


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