sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Desiderata


Sigamos tranquilamente entre a inquietude e a pressa,
lembrando-nos sempre que há paz no silêncio.
Tanto quanto possível, sem nos humilharmos,
vivamos em harmonia com todos os que nos cercam.
Falemos nossa verdade mansa e claramente
e ouçamos a dos outros, mesmo a dos insensatos e 
ignorantes, pois eles também têm a sua própria história. 
Evitemos as pessoas agressivas e escandalosas:
elas afligem o nosso espírito. Se nos compararmos aos 
outros, nos tornaremos presunçosos e magoados, pois 
sempre haverá alguém inferior e alguém superior a nós.
Somos filhos do Universo, Irmãos das estrelas e árvores:
Merecemos estar aqui. E, mesmo sem percebermos,
a Terra e o Universo vão cumprindo seu destino.
Vivamos intensamente nossas realizações e também 
nossos sonhos. Mantenhamo-nos interessados em
nosso trabalho:ainda que humilde, ele é o que de 
real existe ao longo de todo o tempo. Sejamos
cautelosos nos negócios, porque o mundo está 
cheio de astúcias, mas não nos tornemos céticos,
porque a virtude existirá sempre. Muita gente luta por
altos ideais e, em toda a parte, a vida está cheia de 
heroísmos. Principalmente, sejamos nós mesmos: não 
simulemos afeição, nem sejamos descrentes do amor,
porque, mesmo em face de tanta aridez e desencantos.
Ele é tão perene quanto a relva.Aceitemos com carinho 
os conselhos dos mais velhos, e sejamos compreensivos
com os impulsos inovadores da juventude.
Alimentemos a força do espírito, que nos protegerá 
no infortúnio inesperado, mas não nos desesperemos 
com o perigo imaginário, porque muitos temores nascem 
do cansaço e da solidão. E, a despeito de uma disciplina 
rigorosa, sejamos gentis para conosco mesmos. Portanto, 
estejamos em paz com Deus, como quer que o concebamos
e quaisquer que sejam nossos trabalhos e aspirações
Na fatigante jornada da vida, mantenhamo-nos em
paz com nossa própria alma, acima das falsidades, dos 
desencantos e das amarguras, O mundo ainda é bonito!

Sejamos prudentes, façamos tudo para sermos felizes!

DESIDERATA - Do Latim Desideratu: Aquilo que se deseja, aspiração.
Este texto foi encontrado na velha Igreja de Saint Paul, Baltimore, datado de 1692.
Foi citado no livro "Mensagens do Sanctum Celestial", do Fr. Raymond Bernard.
O texto é de Max Ehrmannn e foi registrado pela primeira vez em 1927. 
Hoje em dia pertence à © Robert L. Bell. 

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