Se era amor? Não era. Era outra coisa. Restou uma
dor profunda, mas poética. Estou cega, ou quase isso: tenho uma visão
embaraçada do que aconteceu. É algo que estimula minha autocomiseração.
Uma inexistência que machucava, mas ninguém morreu. É um velório sem
defunto. Eu era daquele homem, ele era meu, e não era amor, então era o
que?
Martha Medeiros
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